Procuradora acusada de espancar criança se entrega à Justiça e segue para Polinter

Vera Lúcia de Sant'Anna Gomes foi presa por torturar filha adotiva de dois anos. Oito dias após ter sua prisão preventiva decretada, a procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant'Anna Gomes, 57 anos, acusada de torturar uma menina de 2 anos, se entregou na manhã desta quinta-feira à Justiça. Vera Lúcia foi denunciada pelo Ministério Público por espancar a criança, que estava sob sua guarda para adoção. A procuradora se apresentou ao 32º Vara do Tribunal de Justiça, no Rio. A menina foi encontrada no dia 15 de abril, após denúncia, na casa de Vera Lúcia toda machucada, com várias marcas de espancamento e com os olhos roxos e inchados. Ela ficou três dias internada. Após ter sua prisão preventiva decretada, a procuradora chegou a ser presa, mas foi liberada em seguida e fugiu. Desde então estava sendo procurada pela polícia. Desde quarta-feira (12), quando o Disque-Denúncia divulgou um cartaz com a foto de Vera Lúcia pedindo informações do seu paradeiro, mais de 33 denúncias foram feitas. Na manhã desta quinta-feira ela decidiu se entregar após a Justiça negar habeas corpus pedido pela defesa. “Consegui convencê-la a cumprir a minha determinação de se apresentar. Se ela não fizer isso ficará a revelia e ai sua defesa fica deficiente”, afirmou o advogado Jair Leite Pereira na chegada ao prédio do Tribunal de Justiça. Indenização A Vara de Infância, Juventude e Idoso do Rio de Janeiro ordenou que Vera Lúcia pague o tratamento psicológico ou psiquiátrico da criança. Ela terá que começar a custear “imediatamente” o tratamento, em unidade particular de saúde, no valor de 10% de seus rendimentos. O Ministério Público pede ainda que a procuradora aposentada pague indenização por danos morais de, pelo menos, mil salários mínimos (R$ 510 mil) e uma pensão mensal de 10% de seus rendimentos, a título de danos morais, até que a criança complete 18 anos de idade. Vera Lúcia também é acusada de racismo contra empregados